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quarta-feira, 9 de julho de 2014

CULTURA JAPONESA:PAINEL COM EXPOSIÇÃO DOS TRABALHOS





ORIGAMI

Origami
Origami

A palavra Origami vem de Oru = dobrar mais Kami = papel.
A junção acabou por formar Origami e significa a arte de produzir figuras a partir de folhas de papel.
Origami tradicional surgiu no Japão por volta do século IX e não se usava cola ou tesoura.
As figuras formadas eram sempre animais ou objetos do cotidiano.
Alguns autores acreditam que desde o século VI os monges japoneses já praticavam algumas dobraduras.
Essas dobraduras foram depois sendo transmitidas através das gerações, apenas entre as famílias nobres, até porque o papel era uma coisa cara e rara.
Em 1797 foi publicado um livro chamado Senbazuru Orikata que pode ser traduzido por "como dobrar mil graças". A partir daí o Origami passou a ser uma matéria regular nas escolas japonesas.
Origamis representando objetos diversos eram queimados em rituais nos funerais japoneses como forma de possibilitar aos mortos, adquirirem coisas de que precisavam.
Diz a lenda ainda que quem fizer 1000 tsurus pensando em uma mesma coisa, obterá o que deseja. É só você experimentar.
No Japão, todos os anos no dia 6 de agosto, milhares de Tsurus são depositados no mausoléu erigido em homenagem aos que morreram na tragédia atômica de Hiroxima, para que isso nunca mais volte a acontecer.

Tsuru - Ave simbólica do Origami.
O Origami arquitetônico forma figuras em três dimensões e foi uma evolução natural do Origami puro. A primeira aplicação, ou talvez mesmo a primeira motivação, foi a confecção das lanternas de papel utilizadas na iluminação das casas de chá, no antigo Japão. Mas quem achar que tudo no Origami tem uma origem e uma história muito antiga, está errado.
O Origami tem lá as suas regras. A folha de papel deve ser quadrada e sem cortes mas  frequentemente essa regra milenar não é respeitada. As técnicas usadas hoje deixariam os mestres japoneses da antiguidade humilhados. Se antigamente a representação de um inseto era uma grande conquista, hoje insetos anatomicamente quase perfeitos são coisas comuns entre os Origamistas. Houve uma grande evolução através dos tempos. Já os aviõezinhos da minha infância não evoluíram nada. Continuam simples e divertidos do mesmo jeito.
Fonte: www.cyberartes.com.br


PROJETO DIVERSIDADE CULTURAL: JAPÃO

LENDA DO TSURU


Era uma vez um camponês muito pobre. Vivia em uma cabana tosca e seu único alimento eram algumas verduras que colhia de sua terra cansada

Um dia, ele encontrou uma garça machucada, com a asa destroçada. Por isso ela não podia voar e buscar alimento: isto a deixou muito fraca, à beira da morte.

O camponês teve pena da garça,cuidou de sua asinha e pacientemente colocou em seu bico algumas sementes. Sua bondade a livrou da morte e quando ela pôde voar, o camponês a soltou.

Alguns dias depois, uma mulher adorável apareceu em sua casa e pediu que lhe desse abrigo por uma noite. O camponês, por ser bom, não negaria esta caridade a qualquer pessoa, mas a beleza da mulher fez com que ele acreditasse que deixá-la dormir em sua pobre cabana era realmente uma honra. Os dois se apaixonaram e se casaram.

A noiva era delicada, atenciosa e tinha tanta disposição para o trabalho quanto era bonita, e assim eles viviam muito felizes. Mas para o camponês, que já tinha muita dificuldade em viver sozinho, ficou muito difícil cobrir as despesas que sua nova vida de casado 
lhe trazia.

Preocupada com esta situação, a esposa disse ao marido que produziria um tecido especial (tecer era um trabalho comum para as mulheres nessa época). Ele poderia vendê-lo para ganhar dinheiro, mas ela alertou que precisaria fazer seu trabalho em segredo, e que ninguém, nem mesmo ele, seu marido, poderia vê-la tecer.

O homem construiu uma outrapequena cabana nos fundos de sua casa e lá ela trabalhou, trancada, durante três dias. O marido só ouvia o som do tear batendo, e a curiosidade e a saudade que tinha de sua bela mulher fazia com que estes dias demorassem muito para passar.

Quando o som de tecelagem parou, ela saiu com um tecido muito bonito, de textura delicada, brilhante e com desenhos exóticos. A tecelã lhe deu o nome de “mil penas de tsuru”. 

Ele levou o tecido para a cidade. Os comerciantes ficaram surpreendidos e lutaram entre si para consegui-lo. O vendedor pagou com muitas moedas de ouro por ele. O pobre homem não podia acreditar que tão de repente a sorte começasse a lhe sorrir.

Desde então, a esposa passou a trabalhar no valioso tecido outras vezes. O casal podia, com o fruto da venda, viver em conforto. A mulher, porém, tornava-se dia após dia mais magra
Um dia, ela disse que não poderia tecer por um bom tempo . Ela estava muito cansada. Seus ossos lhe doíam e a fraqueza quase a impedia de ficar  em pé.

O camponês a amava muito e acreditava naquilo que ela dizia, porém tinha experimentado a cobiça e, como havia contraído algumas dívidas na cidade, pediu para que ela tecesse somente por mais uma vez. No princípio ela não aceitou, mas perante a insistência do marido, cedeu e começou a tecer novamente.

Desta vez ela não saiu no terceiro dia, como era de costume. E o homem ficou preocupado. Mais três dias se passaram sem que ela aparecesse. E isso começou a deixar o marido desesperado.

No sétimo dia, sem saber mais o que fazer, ele quebrou sua promessa, espiando o serviço de tecelagem que ela fazia.

Para a sua surpresa, não era sua mulher que estava tecendo. Arqueada sobre o tear encontrava-se uma garça, muito parecida com aquela que o camponês havia curado.

O homem mal pôde dormir à noite , pensando o que teria acontecido com a mulher que amava. Amaldiçoava-se por ter sido insaciável e praticamente ter obrigado a sua querida esposa a tecer mais uma vez.

Na manhã seguinte, a porta da cabaninha se abriu e o camponês com o coração aos saltos fixou seus olhos na porta, esperançoso em ver sua esposa sair dela com vida.

A mulher saiu da cabana com profundas olheiras, trazendo o último tecido nas mãos trêmulas. Entregou-o para o marido e disse: _Agora preciso voltar, você viu minha verdadeira forma, assim eu não posso ficar mais com você!

Então, ela se transformou em uma garça e voou, deixan